Trata-se da primeira causa de morbimortalidade, é uma doença endémica no nosso país, com registo de redução considerável dos óbitos; no entanto ainda tem acometido um número bastante significativo de pessoas ao nível das comunidades.
A Malária (Paludismo) é uma doença febril aguda causada por parasitas do género Plasmodium (P. Falciparum, vivax, malariae, ovale e
Knowlesi), que se transmitem as pessoas pela picada das fêmeas infectadas do mosquito Anopheles.
Os principais sinais e sintomas aparecem 10 - 15 dias depois da picada infectante e se caracterizam por febre, calafrios, náuseas, vómitos, sudação, diarreia, dor abdominal, hepatoesplenomegalia, dificuldade respiratória; podendo-se complicar com convulsões, anemia hemolítica e anomalias renais.
O diagnóstico é feito a partir do esfregaço de sangue onde são observados ao microscópio os plasmódios e testes rápidos de diagnóstico
para a identificação de antígenos.
Para as infecções pelo P. falciparum, a OMS recomenda tratamentos combinados a base de artemisina, fármaco más eficaz até a data, podendo ser usados outros fármacos para as demais espécies; no entanto do ponto de vista de saúde pública para proteger a população e consequentemente reduzir da morbimortalidade em zonas de alta prevalência devem ser usados mosquiteiros tratados com insecticidas. Em 2020, segundo os cálculos, foram diagnosticados no mundo 241 milhões de casos de paludismo e um número estimado de 627 000 mortes.
A Malária é uma doença que pode ser mortal, causada por parasitas que se transmitem aos seres humanos por picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles. Trata-se de uma doença prevenível e curável.
Na região africana da OMS se concentrou uma fracção desproporcionalmente alta da carga mundial desta morbilidade, visto que a região concentrou 95% dos casos e 96% de mortes por Malária. Realçar que 80% destas mortes corresponde a crianças menores de 5 anos.
São 6 os países africanos onde se concentram mais do que metade (55%) de todos os casos e mortes por Malaria, nomeadamente Nigéria (27%), República Democrática do Congo (12%), Uganda (5%) e Moçambique (4%), Angola (3,4%) e Burkina Fasso (3,4%) (Relatório OMS, 2021; Pearson RD, 2020; CDC, 2020).
Em Angola de acordo com o CPDE/DNSP/- MINSA, 2020, foram notificados 7.151.290 casos novos, 7.923 óbitos, com uma taxa de letalidade de 0,16%. De acordo com o mapa abaixo o risco de transmissão desta doença está presente em todo território nacional com variações se região é hiper e/ou meso endémica.
