Existem marcadas diferenças em relação a disponibilidade de informações sistemáticas entre os países de baixa, média e alta renda, sendo bastante limitadas nos dois primeiros grupos de países, correndo-se o risco de que as notificações deixem de ser essenciais para melhorar o atendimento dos indivíduos e a acção do sistema de saúde na comunidade; estes problemas e/ou limitações são sobretudo devido a subnotificação das doenças e/ou agravos, fraco comprometimento dos profissionais de saúde com as notificações bem como a falta de equilíbrio entre as actividades dos sistemas de vigilância e o seu uso para a acção (MINSA/CPDE, 2010; OMS, 2021; Esbérard, 2021).
Do ponto de vista de conceito; Notificação de caso, é o procedimento medular da Vigilância por meio do qual os serviços informam de modo rotineiro e obrigatório as autoridades sanitárias a ocorrência de eventos sujeitos a Vigilância; assim para que tal aconteça é necessário definir e/ou identificar a rede local de Unidades notificadoras, os Profissionais envolvidos, elaborar procedimentos/instrumentos e por fim definir a periodicidade e tipo de vigilância a implementar (OPAS/MOPECE, 2001).
Segundo o manual de VIDR Angola, 2010; é importante garantir uma notificação fidedigna de dados ao nível do sistema, para que os Profissionais envolvidos possam identificar os problemas e planificar respostas adequadas, para que as acções sejam oportunas, para que se possa monitorizar as tendências das doenças e avaliar a eficácia das respostas. Ainda de acordo com o documento referido acima, as doenças e eventos segundo a sua importância devem ser notificados de duas formas (tipos):
Para melhorar as práticas de notificação, é importante que os Médicos registem convenientemente os dados dos pacientes, que os Enfermeiros façam contagem do número de casos e óbitos de cada serviço e que todas as semanas, meses ou trimestres, os Técnicos de estatística e Vigilância, façam o consolidado de dados semanal e mensal e preencham as respectivas fichas de notificação (Manual VIDR, MINSA/CPDE, 2010; OMS,2010;OPAS/MOPECE, 2001).
As Hepatites virais representam um grupo de doenças infecto contagiosas endémicas em muitos países e consequentemente um problema importante de saúde pública, visto que amortalidade anual global por hepatite viral seja comparável à do HIV, Tuberculose ou Malária e provavelmente excederá o número de vítimas dessas três doenças combinadas até 2040, sob o actual status quo; do ponto de vista conceitual a grande parte dos autores referem que, a Hepatite é um processo inflamatório que acomete o fígado ou seja consiste numa alteração difusa no parênquima hepático, caracterizadas por uma lesão necroinflamatória dos hepatócitos, de gravidade variável, provocada maioritariamente por 5 Vírus distintos (Vírus da Hepatite A, B, C, D e E; respectivamente HAV, HBV, HCV, HDV e HEV, levando ao surgimento de doença aguda e/ou crónica.
História de hepatites virais remonta há vários milénios com referência à icterícia na população (literatura chinesa);
A primeira epidemia descrita ocorreu em Bremen (Alemanha) num estaleiro naval em 1885;
A primeira grande epidemia ocorreu em New Delhi, na Índia, entre 1955 e 1956;
A vacina para a Hepatite B também protege contra a Hepatite D;
As Hepatites F e G ainda não foram encontradas em pessoas;
Em Julho celebra-se o Dia Mundal da Hepatite