Boletim epidemiológico informativo Nº7 - LMC

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Boletim epidemiológico informativo Nº7

Boletim epidemiológico informativo Nº7

Os eventos emergentes e reemergentes com potencial para causarem surtos de doenças continuam a constituir uma ameaça constante à segurança sanitária a nível mundial; que exigem não só uma resposta imediata, como também a existência de capacidades essências
constantes do Regulamente Sanitário Internacional (RSI), principalmente ao nível local (município). Um município preparado deve antecipadamente cumprir acções como a identificação de membros chave da Comissão de gestão de emergências, a identificação dos recursos disponíveis e o cálculo dos elementos necessários a ser adquiridos para a resposta.
São várias as acções que permitirão ao sistema nacional de saúde responder eficazmente os eventos ao nível local, prevenindo desta forma mortes e incapacidades desnecessárias, sempre que as mesmas sejam integradas no plano de contingência e outras actividades
de preparação; este plano deve dispor de uma estrutura de coordenação, fazer o levantamento dos riscos e definir e manter o plano de intervenção de emergência perante acontecimentos importantes, incluindo a capacidade de apoiar operações no nível da resposta primária durante uma emergência de saúde pública.

De acordo com o manual nacional de vigilância, são 4 as grandes acções de preparação de resposta aos surtos e outros eventos de saúde pública, a saber:

  • Criação de uma Comissão municipal de gestão das emergências; que deve trabalhar em coordenação com as de nível provincial/nacional na planificação e monitorização da imple- mentação de planos de emergência;
  • Criação de Equipas de resposta rápida as emergências; se recomenda que sejam multidisciplinares, e que devem estar prontas e disponíveis para a sua rápida mobilização e deslocação;
  • Elaboração de um plano de preparação e resposta; com o objectivo de fortalecer a capacidade de resposta local;
  • Preparação de um stock de contingência de medicamentos, vacinas e material gastável para garantir a gestão e sem demora dos casos

CÓLERA

A Cólera é uma infecção diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos e/ou água contaminada pelo Vibrio cholerae que pode matar em poucas horas, se não for tratada. Para a Organização Mundial da saúde (OMS), esta doença continua a ser uma ameaça global à saúde pública, tendo sido em 2023, notificados 472.697 casos e 2.349 mortes. A doença ainda afeta regularmente 44 países ao redor do mundo; mesmo que podendo ser prevenida se as pessoas tiverem acesso a água potável e saneamento básico do meio adequado. Realçar que 7 países de 2 continentes (Afeganistão, Camarões, República Democrática do Congo (RDC), Malawi, Nigéria, Somália e República Árabe Síria) notificaram grandes surtos, com mais de 10 000 casos suspeitos e confirmados nos últimos 3 anos.

Outras Doenças relacionadas

CURIOSIDADES

Robert Koch precisou aproximadamente 30 anos para descrever o agente causador da Cólera (Vibrío Cholerae);

O Vibrío Cholerae sobrevive até 5 dias em temperatura ambiente e é resistente ao congelamento;

A origem do cólera encontra-se na Ásia, mais propriamente no rio Gange, a partir do qual se espalhou por todo o mundo pelas rotas comerciais;

O médico britânico descobriu, em meados do século 19, como e por que aumentavam os casos de cólera em Londres, derrubando a teoria miasmática aceita até então.

Boletim Epidemiológico Nº7
Informativo

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