“Na minha prática diária, a base da minha relação com os doentes é a confiança e a prestação de cuidados com conhecimento e responsabilidade. Por tal, no Luanda Medical Center primamos por um serviço de internamento que acolhe doentes de diferentes especialidades e com a capacidade máxima de 18 camas separadas por género e por área. Temos dois quartos completamente privados e um duplo. Nos quartos privados é permitida a presença de um acompanhante 24h e um horário mais alargado de visitas, para oferecer os melhores e maiores cuidados aos nossos doentes.
Temos um serviço com uma equipa de médicos e enfermeiros qualificados, bem como equipamentos médicos adequados a todas as situa-
ções, em conformidade com as normas internacionais de segurança e controlo de infec- ção. Mais – todos sabem que ao passarem pelo nosso serviço têm de sorrir. Só assim faz sentido.
Assim que abracei este projecto, deparei-me com doentes com medos e traumas resultantes de experiências de saúde negativas e, desde então, é meu papel influenciar e ensinar a prática de uma enfermagem que sai do coração, baseada na relação humana, na interajuda, nos cuidados humanizados, seguros e responsáveis. Afinal, o foco do enfermeiro é a recuperação da pessoa doente e da sua família.
Note-se que, dos vários casos que nos chegam, a malária representa cerca de 70% dos internamentos e é a causa principal de morbimortalida- de e mortalidade em Angola, afectando todo o país e todas as faixas etárias. Pelo alcance epidemiológico, e pela possibilidade de desenvolvimento de casos graves, é necessário um conhecimento das manifestações clínicas para uma optimização da conduta.
A minha experiência mostraque a gravidade da doença e o número de disfunções provocadas pela malária têm vindo a aumentar ao longo
dos últimos anos e, por isso, é importante sensibilizar a população, e os próprios profissionais de saúde, para esta nova realidade. A vigilância médica e de enfermagem contínuas, no contexto de internamento, têm permitido actuar precocemente sobre as complicações da malária e reduzir o número de internamentos em unidade de cuidados intensivos. O seguimento feito em consulta após a alta do doente de malária e o apoio da Linha Saúde do LMC têm demonstrado uma enorme relevância na recuperação do mesmo.”
“In my daily work, the basis of my relationship with patients is trust and the provision of knowledgeable and responsible care. That’s why at LMC we have an inpatient service that welcomes patients from different specialties and has a maximum capacity of 18 beds separated by gender and area. We have 2 completely private rooms and 1 double room. In the private rooms, a companion is allowed 24 hours a day and there are longer visiting hours. The objective is to offer the best and most comprehensive care to our patients.
We have a team of qualified doctors and nurses, as well as medical equipment suitable for all situations, in accordance with international safety and infection control standards. What’s more, everyone in our team knows that they have to smile – that’s the only way it makes sense.
As soon as I embarked on this project, I came across patients with fears and traumas from negative health experiences and, since then, it has been my role to influence and teach the practice of nursing that comes from the heart, based on human relationships, mutual support, humanized, safe and responsible care. After all, a nurse’s focus is on the recovery of the sick persons and their family.
It should be noted that of the various cases that come to us, malaria accounts for around 70% of admissions to the hospitalization service and is the main cause of morbidity and mortality in Angola, affecting the whole country and all age groups.
Due to its epidemiological scope and the possibility of serious cases developing, it is necessary to know the clinical manifestations so that the situation can be better managed.
My experience shows that the severity of the disease and the number of dysfunctions caused by malaria have been increasing over the last few years and it is therefore important to make the population and health professionals aware of this new reality. Continuous medical and nursing surveillance in the context of hospitalization has made it possible to take early action on malaria complications and reduce the number of admissions to intensive care units.
Follow-up appointments after the malaria patient has been discharged and the support of the LMC Health Line have proved to be extremely
important in the patient’s recovery.”