Para se ser enfermeiro tem de se gostar muito daquilo que se faz. Em pediatria, ainda mais. O papel dos enfermeiros na prestação de cuidados pediátricos tem por suporte uma filosofia do cuidar centrado na família (pai, mãe, cuidador legal, avós). É neste modelo de pensamento que ao enfermeiro em pediatria é permitido cuidar da criança e da sua família através da capacitação e empoderamento das próprias competências familiares (quem conhece melhor a criança, que não a sua família?). A Enfermagem Pediátrica tem como pressupostos a prestação de cuidados à criança desde o nascimento e até aos 17 anos, garantindo a proximidade, a sustentabilidade, a continuidade, a acessibilidade, a eficacia. a participação e equidade, no sentido da promoção da saúde, da prevenção da doença, do tratamento e da reabilitação (nomeadamente nas crianças com necessidades especiais). Nesta sequência é importante que num futuro próximo a qualificacao especializada de enfermeiros nesta área de saúde esteja aumentada. A enfermagem é arte e ciência e, como tal, impõe um desenvolvimento cientifico e technologico, que determina a necessidade de actualização contínua dos profissionals, no sentido de adquirirem novas competências ou aprofundá-las. A formação em servico e um desafio constante para a enfermagem e relevante para questionar as práticas, repensar a teoria e, por conseguinte, introduzir mudanças para a melhoria na qualidade dos cuidados. Na área saúde é fundamental o trabalho em equipa, sendo que na pediatria constitui um instrumento basilar para uma prestação de cuidados de qualidade. O trabalho em equipa em pediatria desenvolve-se quer com outros profissionais envolvidos na prestação de cuidados, quer com a própria família da criança.
Desempenho os papéis de mulher e enfermeira, com esforço físico e mental. Segundo a minha visão, como mulher é necessário estabelecer uma logística bem planeada para dar resposta à família, com maior enfase aos filhos, nas suas diferentes fases de crescimento. O papel de mulher implica uma luta diária neste mundo onde ainda habita a desigualdade de género. Num mundo pós- -covid, segundo a minha perspectiva, o enfermeiro continua a ser primordial na centralização das suas competências para uma prestação de cuidados de enfermagem com qualidade, mantendo a sua vertente humanista. Penso que o que “poderá” mudar depois da pandemia (e uma vez que a sociedade é dinâmica) é o olhar da sociedade oara estes profissionais e a integração da sua importância num contexto dos cuidados de saúde no mundo.
“To be a nurse, you have to love what you do. In pediatrics, even more so. The role of nurses in pediatric care is based on a philosophy of family-centered care (father, mother, legal caregiver, grandparents). In this model of thinking, the pediatric nurse is allowed to care for the child and his/her family by empowering and enabling the family’s own skills (who knows the child better than his/her family?). Pediatric Nursing takes on the provision of care to children from birth until they turn 17, by ensuring proximity, sustainability, continuity, accessibility, effectiveness, participation, and equity to promote health, disease prevention, treatment, and rehabilitation (namely in children with special needs). Therefore, it is important that in the near future, the number of nurses specializing in this health care discipline be increased. Nursing is an art and a science and, as such, it requires scientific and technological development, which in turn requires continuous capacity building for professionals so they can acquire new skills or improve the existing ones. On-the-job training is a constant challenge in nursing, and it is good for questioning practices, rethinking theories and, consequently, introducing changes to improve the quality of care provided. In health care, teamwork is fundamental, and in pediatrics, it is a key tool for providing quality care. In pediatrics, teamwork is developed both with other professionals involved in providing care and with the child’s own family.
I am a wife and a nurse, two roles that require physical and mental efforts, I believe that, as a wife, I need to establish well-planned logistics to respond to the needs of my family, mainly my children, in their different stages of growth. Moreover, the role of a wife implies a daily struggle in a world where gender inequality still exists. In my view, in a post-covid world, the skills of nurses are still key in providing quality and humanist nursing care. I think what “might” change after the pandemic (and since society is dynamic) is society’s view of these health professionals and the integration of their importance in the context of health care in the world.
Aceda ao artigo completo aqui